27/8 dia do psicólogo! Ao mestre Jung com carinho...

Hoje é o dia do psicólogo!!! Parabéns para nós, e o meu eterno agradecimento a Jung, que foi quem me levou para a Psicologia! Nunca esqueço de um sonho que tive, recém-formada, em que Jung me emprestava os seus óculos para eu enxergar o mundo através de suas lentes... Como conheci Jung, por quem me apaixonei desde o primeiro segundo que o li? Eu estava cursando o primeiro semestre de Artes Plásticas na FAAP, amava cada segundo das aulas que tinha, mas sentia que queria colocar a minha arte a serviço da Vida, quando encontrei um livro, na biblioteca do meu pai, em que Jung, no final da sua vida, falava sobre o seu trabalho, e entendi que o símbolo se constitui na chave que poderia unir Arte e Psicologia na minha prática desde os meus primeiros passos como profissional: prestei então vestibular e comecei a cursar Psicologia na USP, e continuava com Artes Plásticas à noite, o que me levou a construir a base do meu trabalho como artepsicoterapeuta e arteterapeuta junguiana!

"...É aí, em meio ao sonhar e ao amar, que a psicanálise acorda e se põe a cantar o seu canto manso de coruja de Minerva. Brilham luzes suaves na noite escura do inconsciente: estrelas, vaga-lumes, meteoros e luas, muitas luas… Quando essas luzes brilham, acordam os artistas, os poetas, os místicos e os intérpretes de sonhos (...) O psicanalista é o intérprete do poema estrangulado (...) Pois nós somos partituras que nós mesmos não sabemos interpretar. O ofício do psicanalista é o oficio do artista: ele lê a partitura misteriosa que nós mesmos não entendemos e interpreta-a para que, ouvindo a nossa própria beleza, sejamos por ela  libertados..." (Rubem Alves)

Eu sou como a falecida "doutora Juju", que era a terapeuta do Rubem Alves rs com muito orgulho e gratidão aos meus alunos e pacientes sempre!!! "...O psicanalista é alguém que, diante de uma flor, logo pergunta: ‘Mas o estrume, onde está?”’. A doutora Juju — era assim que a chamávamos na intimidade— procedia ao inverso. Vendo estrume, perguntava: “E a flor, onde está?”. Ela se permitia ser levada pelo humor e pela beleza. Ela se deleitava com a minha música..." (Rubem Alves)